Depois de rodar mais de 20 mil quilômetros por estradas e caminhos do Rio Grande do Sul, o fotógrafo Eurico Salis finaliza a maior documentação fotográfica do Estado. Cultura e Identidade é o último livro da trilogia, seguindo o mesmo padrão gráfico de alta qualidade e acabamento dos anteriores: O Solo e o Homem (2013) e Homens e Máquinas (2017). Ao todo, 610 páginas sobre a gente gaúcha encantam o leitor.
A série começou mostrando a relação do gaúcho com a terra e seu amor por ela. Depois, passou pelo ambiente industrial, enfocando o trabalhador com suas ferramentas.
Agora, completando o conjunto, Cultura e Identidade mostra as etnias que formam o povo rio-grandense. A ancestralidade, tradições e costumes da gente gaúcha. Os textos de Renato Dalto dão ainda mais atratividade à obra. O making off foi clicado pelo fotógrafo-assistente da trilogia, João Mattos. Veja na nossa galeria.
Uma exposição homônima fará um apanhado de imagens. Algumas fotografias contarão com realidade aumentada, fazendo com que os visitantes interajam com a mostra.
Acessibilidade
A obra traz inovação: será veiculada integralmente na internet, em formato audiossonoro, possibilitando o acesso a pessoas com deficiência visual. Será o primeiro livro de fotografias com este tipo de publicação no Brasil.
O autor distribuirá gratuitamente 600 exemplares a entidades de assistência à infância carente. Estas poderão comercializá-los, recebendo integralmente os valores obtidos nas vendas.
O projeto é incentivado pela Rouanet e LIC-RS. São patrocinadoras: Lebes, Braskem, Dana, BRDE – Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul, Randon, Unifértil, Rio Grande – Seguros e Previdência, EGR – Empresa Gaú de Rodovias, Banrisul Consórcios, Estado do Rio Grande do Sul e Corsan. O lançamento está previsto para abril. Você pode acompanhar os bastidores em facebook.com/culturaeidentidade/.
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Homens e Máquinas
Recortes da vida do homem e suas ferramentas de trabalho no campo ou na metrópole ilustram com muita sensibilidade e técnica as páginas desta publicação. Em “Rio Grande do Sul Homens e Máquinas” Eurico Salis se debruça com sensibilidade e poesia na relação trabalhador com seus instrumentos, sejam eles rústicos martelos, soldas e ferros retorcidos, máquinas agrícolas, ou delicados chips usados na indústria da informática.
A produção de artesãos, escultores, serralheiros, alambradores, sapateiros e mecânicos é retratada na obra. Aborda, seguindo uma linha de tempo, a produção industrial, metalmecânica e a indústria do chip, passando pelos alimentos, frutas, queijos e vinho.
Faz uma viagem da extração do minério do carvão e do calcário à agroindústria e suas gigantescas máquinas agrícolas nas plantações do arroz, soja e trigo, a fumicultura. Ainda visita a petroquímica, a indústria naval e a celulose.
Tudo isto está presente neste livro que mantém o conceito da fotografia do autor baseando-se no fine art, nas imagens com o DNA do fotógrafo e a singularidade de texturas, ângulos e utilização da luz natural.
O Solo e o Homem
Para o segundo volume, Eurico Salis viajou a diversas regiões para capturar em imagens a relação do homem com a terra. As 220 fotografias deste livro registram a vida no campo, os costumes mantidos por imigrantes italianos, alemães, japoneses, poloneses.
Também estão presentes os negros, indígenas e pescadores da Lagoa dos Patos. A obra retrata paisagens do Rio Grande do Sul, como o Cerro do Jarau, a Serra do Caverá, o Vale do Taquari, o Pampa, os Campos de Cima da Serra e a região dos Canyons.
Cenários eternizados através de imagens poéticas, que documentam a vida de um povo que pratica o plantio de arroz, soja, milho, fumo, e outras culturas. Apresentação de Luis Fernando Verissimo e textos de Renato Dalto.
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