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Faltam produtos nas prateleiras dos supermercados

Quem foi às compras hoje precisou de criatividade para substituir produtos em falta nas prateleiras. Também de paciência para enfrentar as longas filas dos caixas. As 18h30min, no Zaffari da Lima e Silva não havia mais pão de sanduíche, de forma ou de leite. Alguns cortes de frango também tinham terminado. Batata, nem para canja. As filas para os caixas contavam com uma média de 25 pessoas. Tudo reflexo da greve dos caminhoneiros em todo o país.

Iracema disse que se surpreendeu com a falta de itens. Foto: Carla Santos
Foto: Carla Santos

Os corredores onde ficam dispostos papel higiênico, farinha de trigo, arroz, feijão ainda tinham produtos, mas em menores quantidades do que o habitual. Muitos clientes foram surpreendidos pelo número alto de pessoas na loja e pela escassez de algumas mercadorias.

Foi o que aconteceu com Iracema Benedetto, que mora em frente ao súper. “Eu sabia da greve dos caminhoneiros, mas achei que o desabastecimento era boato ou exagero dos internautas. Quando cheguei aqui, me assustei com a falta de algumas coisas.”

Ela não levou produtos para estoque, mas garantiu itens até o final de semana. E diz que apoia a greve dos caminhoneiros. “O brasileiro precisa reagir contra tudo o que vem acontecendo.”

Produtos

Em grupos de whatsapp, vizinhos levantaram a hipótese de os mercados estarem escondendo produtos. A atendente do caixa, que não pode ser identificada, explicou que, desde segunda-feira, alguns caminhões não vêm abastecer. “Hoje, colocaram nas prateleiras o resto do que se tinha no estoque”, afirmou.

O presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, disse que os supermercados estão na esperança de que os homens “de Brasília” resolvam o problema ainda hoje. A recomposição de produtos leva de três a quatro dias. Tranquilizou a população de que os itens não-perecíveis continuarão disponíveis.

“Os supermercados têm estoque da linha seca para 15 dias. Podem faltar produtos pontuais, como os perecíveis, que serão afetados. Mas acredito que a reposição estará próxima.” Afirma que torce para que o governo atenda à toda população brasileira.

Fotos: Carla Santos e Júlia Pereira

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