Ao contrário do que foi publicado na mídia nesta quinta-feira (7), o conflito entre facções não se espalhou para 19 bairros da Capital gaúcha. São dois os locais em que grupos lutam por pontos de tráfico: Grande Cruzeiro* e Cascata.
É o que garante, em entrevista exclusiva à Voz da Vizinhança, o comandante-geral da Brigada Militar, Coronel Cláudio dos Santos Feoli. E a polícia está trabalhando para coibir essas ações.
“Temos enfrentado com mais de cem policiais, helicóptero, imageador térmico. Esse equipamento permite verificar, mesmo à noite, se o indivíduo está armado ou não.”
Ação policial
Feoli ressalta: “Trabalhamos com efetivo, viaturas e emprego de tecnologia para enfrentar essa questão, que é específica nesses dois bairros.” Já o foco do policiamento para Porto Alegre, segundo o comandante, está em dois eixos:
- O primeiro é visibilidade, com percepção efetiva de policiamento majorada, a partir de algumas ações de gestão.
- O segundo é a repressão qualificada nos locais em que ocorrerem maior incidência de enfrentamento.
Os crimes ocorridos em outros bairros, listados na reportagem publicada nesta quinta-feira, tiveram motivos diversos. “Mas não têm ligação com o conflito armado entre as facções, que ocorreu por três dias.”
Já em relação ao toque de recolher divulgado em redes sociais no mês passado, a BM não verificou nenhum áudio em relação a isso. “Houve casos pontuais de pessoas que fecharam seus estabelecimentos, por receio. Mas não teve qualquer comando de criminosos nesse sentido.”
Segundo ele, os áudios eram de pessoas amedrontadas. “Mas sem a base efetiva de um áudio original. Foi propagação de pânico”, finaliza o comandante.
* A Região Cruzeiro é composta pelos bairros: Medianeira e Santa Tereza. Conta com 65.408 habitantes, representando 4,64% da população do município. Tem área de 6,82 km², representa 1,43% da área do município. As informações são da Procempa.
Imagens: BM/Divulgação
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