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Somente mora na rua em Porto Alegre quem decide por isto

Somente mora na rua em Porto Alegre quem decide por isto

A afirmação chocante foi feita pela Comandante Nádia Gerhard, secretária municipal de Desenvolvimento Social e Esporte em reunião do Fórum Municipal de Justiça e Segurança da Região Centro, que ocorreu nesta segunda-feira. A titular da pasta destacou que, hoje, Porto Alegre conta com diversas formas de ajudar quem está em situação de rua. “São oferecidos tratamento; condições de retorno à família de origem, com intermediação da Secretaria; aluguel social; vaga em hotéis; dentre outros auxílios.”

Foto de capa: João Mattos

Foto: Cesar Lopes/PMPA

Há casos em que as pessoas são levadas a alguns endereços para visitar imóveis disponíveis e escolher dentre eles qual o melhor para si. “Mesmo assim, preferem ficar na rua.”

Nádia pede que a comunidade não dê alimentos e agasalhos a pedintes. “Isso não ajuda aquele ser humano que está em situação degradante. Quando a pessoa, na melhor das intenções, doa um prato de comida ou um cobertor, reforça a presença do outro na rua.”

Preciso de ajuda! Caridade não se faz doando coisas.

Ela reforça que todos os que querem praticar caridade devem fazê-lo em instituições cadastradas para receber donativos. O tema “moradores de rua” foi uma das pautas da reunião do Fórum, que acontece sempre na última segunda-feira no mês, na Casa dos Conselhos, às 19h.

A secretária relatou, ainda, que foi realizado um trabalho de ajuda e convencimento para retirar as pessoas da mendicância oferendo-lhes estrutura. “Haviam ocupado a calçada lateral do Hospital de Pronto Socorro, impedindo a circulação de pacientes e familiares. Além disso, houve casos de agressão aos funcionários.”

Intervenções

Então, foi programada uma ação de retirada das pessoas no HPS. Também no Arroio Dilúvio aconteceram mais de vinte intervenções, de onde as equipes municipais recolheram cinco toneladas de itens acumulados ao longo do local.

A Secretaria conta com mais de R$ 1,8 milhão para trabalhos de resgate de pessoas em situação de rua. “Mas muitos não aceitam sair.” Para Nádia, é preciso que a comunidade se una às ações para uma solução. “Muitas mães não levam mais os filhos nas pracinhas por meso. É importante mudarmos isso.”

Temos de dar as condições a quem quer ajuda. Mas se não a quer, o indivíduo não tem de ganhar nada dos moradores. 

Coordenador municipal dos Direitos Humanos, Dari Pereira, diz que a população se acostumou com a situação. “Fizemos diagnóstico de quem tem doença mental, é usuário de drogas. A Prefeitura mapeou e, hoje, não é por falta de oportunidade que as pessoas insistem em ficar nas calçadas.” Para ele, é preciso ter internação compulsória. “Hoje nós temos serviços adequados.”

Fotos: Carla Santos

Coordenadora do Fórum e presidente da Associação Comunitária do Centro Histórico (ACCH), Ana Maria Engers, cita o Viaduto Otávio Rocha (da Borges) como exemplo. “Estava ocupado por traficantes. Hoje, é higienizado todos os dias, e a comunidade voltou a usufruir do espaço.”

Festas

Morador da Cidade Baixa e integrante do Fórum, Luciano Pohlmann, abordou outra pauta do encontro: os eventos de rua. “Os moradores devem ser avisados do que vai acontecer. O escritório de Eventos não informa, e somos sempre surpreendidos por bloqueios de ruas.”

Foram relatadas, ainda situações presenciadas por moradores e empresários do bairro envolvendo menores de idade alcoolizados e fazendo uso de drogas. O capitão Luis Felipe Ferreira, comandante da 2ª Cia do 9º Batalhão de Polícia Militar citou operações integradas com o Deca e a Promotoria da Infância e da Juventude.

Venezianos

Também foram citadas as festas que acontecem seguidamente na Travessa dos Venezianos, muitas vezes, sem autorização. E quando ocorre com anuência do Poder Público, não terminam no horário estabelecido, desrespeitando os vizinhos, segundo moradores do local.

Filipe Mansur, do Instituto de Segurança sugeriu mais vistorias pelo excesso de ruído.  Conforme orientação do capitão Ferreira, deve-se registrar através do fone 190.

Foi, ainda, pontuado o problema causado por ambulantes que atuam no bairro.

Ambulantes

Outro ponto que precisou de atenção foram os encontros que reúnem jovens nas ruas da Cidade Baixa. Integrantes da Vizinhança da Calçada sugeriram a criação de um espaço atrativo para esse público, com estrutura, segurança e ônibus. João Henrique Macedo, integrante do Fórum e do grupo Reage pela Vida, ressaltou a importância da união da comunidade para que haja conquistas.  

Marivane Rogério, da ACCH, sugeriu que o ônibus da Balada Segura faça o roteiro, disponibilizando mais horários. Em ata do Fórum será registrada que se faça pressão no sentido de que esses eventos sejam direcionados para a área entre o Anfiteatro Pôr do Sol e o estádio do Sport Club Internacional.

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2 Comentáriospara este Post

  1. Angela Cardoso

    Que horror essa tal de comandante Nádia será q não é naja. Ignóbil!!

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    • MARIADEFATIMAGONCALVES SILVEIRANETTO

      PRESTA ATENÇÃO:
      VOLTA A FITA E LÊ NOVAMENTE A RESPEITO DA VEREADORA COMANDANTE NADIA E TE “ESPELHA” NELA!
      ABRAÇOS
      FELIZ 2022

      Responder

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