Compartilhe

Climatizaram Porto Alegre, mas a chuva foi de parar o trânsito

A sensação que os porto-alegrenses tiveram por volta das 17h20min desta quarta-feira foi a de parar em frente e um daqueles climatizadores de ar que aspergem gotículas de água. Por cerca de uma hora, chuva forte e vento passaram pelos bairros da cidade.  

Fotos da galeria: João Mattos (clique aqui para ver outras imagens dele) 

De 36 graus centígrados, a temperatura baixou rapidamente aos 22. Claro que trouxe alívio ao calor forte que castigava a capital gaúcha. Entretanto, causou transtornos a quem precisava sair às ruas e deixou bairros sem energia elétrica. 

Trânsito

Para se ter uma ideia, após às 21h, o trânsito ainda estava caótico em diversos pontos. Trajetos em que normalmente levam-se 15 minutos, hoje precisaram de uma hora e meia para serem concluídos. A exemplo da Bento Gonçalves, onde os carros andavam a 10km/h. Além dos alagamentos, semáforos deixaram de funcionar.

Apesar de ter esperado, na casa da sogra, o temporal passar, a vendedora Beatriz Schuquel ainda enfrentava, às 20h50min, lentidão na pista perto do Campus da Ufrgs, na Agronomia.

Av. Bento Gonçalves parada. Foto: Beatriz Schuquel

Alagamentos

O jornalista Pedro Damasio Hameister, que trabalha na Editora Centaurus, na avenida Getúlio Vargas, teve dificuldade para chegar em casa, na avenida João Pessoa. “O chefe ofereceu-me uma carona na saída do trabalho. Aceitei, mas foi uma carona frustrada.”

Pedro conta que não conseguiram rodar sequer 200m. “Tinha tanto alagamento e tanta tranqueira ao nosso redor que ele decidiu parar e esperar a situação melhorar. Resolvi seguir a pé, aproveitando que não estava mais caindo tanta água quanto antes.”

No entanto, ele se deparou com o caminho alagado em níveis assustadores. “Fui até a Praia de Belas, na esperança de encontrar o caminho em direção à Ipiranga menos alagado. Deu certo, mas a vitória durou pouco.”

Segundo o jornalista, logo mais encontrou outros pontos com a água passando das canelas; “A essa altura, eu já estava tão cansado (e não queria ficar circulando pela cidade após anoitecer), que desisti e meti os pés na água”, afirma. Pedro registrou em vídeo a situação da Getúlio próximo à Ipiranga. Assista:

Relatos 

Anelise Oliveira, contato publicitário, também enfrentou problemas por causa do temporal. “Saímos da empresa por volta das 17h40min. Ninguém imaginava que a chuva seria tão forte como foi.” Ela encontrou a avenida Getúlio Vargas completamente parada e acabou trancada no trânsito. “Decidimos aguardar num posto entre as avenidas Getúlio Vargas e Botafogo, até por questão de segurança.”

Segundo Anelise, ouviu diversos relatos horríveis. “Apartamentos inundados, vários moradores pagando pernoite para os carros, pois de automóvel não iriam chegar em casa, por conta da inundação. Felizmente, por volta das 20h30min, retornou a luz e conseguimos ir para nossas residências.” Foi quando registrou esta imagem:

Já a moradora da Cidade Baixa, Kathy Esposito, não precisou sair no momento da enxurrada. Ela fez fotos, pela sua janela, da rua Joaquim Nabuco.

Hospital  

A entrada de funcionários do Hospital Mãe de Deus foi invadida pela água. Nas redes sociais, circulou vídeo mostrando a situação.

Na Avenida da Azenha não foi diferente. Em grupos de WhatsApp circulou este vídeo.

NO Shopping Praia de Belas, computam-se os prejuízos de uma livraria do terceiro piso. No estacionamento, onde a enxurrada invadiu a área de veículos, motoristas foram retirados de bote.

Icaraí

Já o jornalista Luiz Eduardo Rezende registrou alagamentos na avenida Icaraí, em  frente ao posto Falcão.

Alerta

Por volta das 13h, a Defesa Civil emitira alerta. A previsão era de “chuva forte acompanhada de descargas elétricas, ventos de até 90 km/h  e granizo na área vermelha do mapa”. O que se confirmou em vários pontos. 

Anúncio:

Deixe o seu comentário