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Aos 76 anos, ela busca a filha desaparecida há quatro décadas
A aposentada Maria Helena Jacobsen, 76 anos, vive uma batalha interminável há 41 anos. Ela segue uma incansável busca pela filha Soraia Abdel Hamid Zarif Hasan. Nascida em 18 de novembro de 1964, a jovem, com então 16 anos, desapareceu de Porto Alegre em 21 de abril 1981. À época, moravam na Rua Felipe Camarão, 319, no bairro Bom Fim.
Descrição
“Minha filha tinha baixa estatura, olhos azuis amendoados, cabelos castanhos cacheados”, descreve. Segundo Maria Helena, Soraia fugia desde pequenina, o que sempre trazia desespero para a família. Mas foi abril de 1981 que trouxe a mais aterrorizante situação à qualquer mãe: ter um filho desaparecido. Apesar do tempo decorrido, demonstra esperança: “Acredito que ela esteja viva”.
Ao saber do sumiço da filha, Maria Helena faltou ao trabalho e começou a busca pela capital. No dia seguinte, fez um Boletim de Ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia. Não a tendo encontrado, viajou ao interior do estado, sem sucesso. Em 1996, foi preciso fazer novo BO visto que a primeira documentação fora extraviada na DP, segundo ela.
Semanas depois, recebeu um telefonema de um senhor que se dizia pai do rapaz que fugira com Soraia para Curitiba, PR. Lá passaram necessidades, e o moço resolveu voltar. “Mas a sua filha preferiu ficar”, ouviu-o dizer. Em choque, não se lembrou sequer de anotar o telefone do homem.
Informações
Segundo informações do desconhecido, o casal havia fugido juntamente com o pessoal do parque Play Center. Em outras oportunidades, o mesmo empreendimento esteve em Porto Alegre, quando a mãe buscou notícias da filha. Mas nenhum funcionário afirmou conhecê-la.
Maria Helena tentou contato com veículos de comunicação por anos, na tentativa de divulgar o desaparecimento da filha. “Só para a Porta da Esperança mandei 60 cartas. Deixava passar um tempo e remetia nova correspondência.” Também tentou espaço no canal 10, de SP. Mas sempre sem sucesso. “Nunca responderam.”
Ela ainda buscou ajuda junto a organizações de desaparecidos, fez teste de DNA para incluir o seu nos registros nacionais, a fim de compará-lo a de corpos encontrados, tentou informações no Tribunal Eleitoral Federal. Tudo em vão. Maria Helena, agora, espera que uma corrente possa ajudá-la a difundir – nas redes sociais – a sua incansável busca. Você ajuda?