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O segredo é descomplicar

Cerveja é para comemorar, não para afogar mágoas. Com essa premissa, o mercado das cervejas artesanais vem crescendo no Brasil, pois congrega pessoas que estão a fim de beber à vida, à companhia dos amigos ou até mesmo degustar um produto de qualidade sozinho. No País, são mais de 650  cervejarias artesanais, um mercado com grande espaço para crescimento. O RS é o segundo colocado no ranking com 119 fabricantes artesanais registrados, perdendo para SP, que tem 122. As informações são do presidente da Abracerva (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), Carlo Lapolli.

Aqui em Porto Alegre, acaba de inaugurar mais um ponto de encontro para quem gosta de degustar uma ceva bem caprichada. O mestre cervejeiro Márcio Fernandes abriu as portas da Cervejaria Piratini, na semana passada, exatamente para receber o público que busca cervejas especiais, combinando sensações de aroma, gosto e textura. “Inspiramo-nos na escola Tcheca de cervejas, que abrange os estilos mais conhecidos no mundo, as Pilsens, associando à cultura gaúcha, ao nosso orgulho de ser daqui. Quero facilitar ao gaúcho a experiência de tomar uma bebida artesanal sem ser amarga ou encorpada. A Piratini é leve, descomplicada.”

Ele aprendeu que o grande segredo são três elementos: fermentação, fermentação e fermentação. “É uma brincadeira que a gente faz porque o grande segredo está na maturação. Quem faz a cerveja não é o mestre cervejeiro. Ele prepara apenas o prato para o fermento se alimentar”, garante.

Mas abre as etapas de todo o processo para quem quer se aventurar por essa arte:

São quatro etapas principais:
1. Moagem dos grãos em forma de granulado;
2. Mostura, com o aquecimento dos grãos na água para extrair-lhes o açúcar;
3. Filtragem, o líquido é retirado da panela e passa para filtragem e clarificação. A partir daí, ele se chama mosto, que é a “comida” do fermento.
4. Fervura. É nessa etapa que se adiciona os lúpulos, conforme índices de amargor ou aroma que se quer. Quanto mais para o início da fervura, o resultado é mais amargo e com menos cheiro. Colocando-os no final da fervura, tem-se mais aroma e menos amargor.

Depois, passa ao processo de retirada dos resíduos finais e segue para o resfriamento rápido. “Aí criamos o ‘restaurante’ para o fermento e o alimento para ele se alimentar, que é o mosto.” A Piratini usa fermento Lager, que trabalha em 10 a 12 graus centígrados.

O resultado é uma cerveja refrescante e leve. Mais agradável ao paladar. “Optamos por tempo maior de fermentação para que a cerveja fique mais clara e com melhor qualidade ao nosso consumidor.” A proposta é exatamente descomplicar a cerveja artesanal. Aproximando-a do público gaúcho, que gosta de se divertir com os amigos, com a família, de uma forma descomplicada.

“Uma pequena parte dos brasileiros já experimentou cerveja artesanal. E queremos que a cerveja Piratini seja instrumento de celebração, compartilhamento, que alcance mais pessoas”, destaca Fernandes.

Serviço:
O que: Cerveja Piratini 
Onde: Nova Olaria, Lima e Silva, 776 
Preço: Canecos de 300ml a R$ 8,00, e de 500ml a R$ 12 reais.

Fotos: João Mattos Fotografia.
Texto: Carla Santos 

Para visitar outras imagens do fotógrafo, clique aqui.

 

2 Comentáriospara este Post

  1. Sucesso à Piratini!
    Cerveja deliciosa <3

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